sexta-feira, 2 de julho de 2010

A MÚSICA NA SALA DE AULA



“ Todo mundo traz na garganta
Um instrumento de corda vocal,
Um artesão de mão divina
Foi quem deu essa sina legal

Apesar de tão singelo
A voz tem o canto mais belo
De todo esse instrumental ”

Moraes Moreira



A música faz parte do cotidiano de todos nós e, principalmente, das crianças que gostam muito de cantar e têm nas brincadeiras e jogos um universo musical muito diverso.
É muito importante cantar com nossos alunos em sala de aula, pois, estreita-se o vínculo afetivo proporcionando prazer além de desenvolvermos neles a afinação, o ritmo, a pulsação, a expressão e a percepção auditiva. Ensinar uma canção é aumentar o conhecimento de nossos alunos em relação à cultura, à língua, ao vocabulário, aos cantores e compositores, a lugares etc.
Essa prática não deve ser aplicada mecanicamente como forma de fixar a rotina, estabelecer a ordem ou ainda apenas como repertório de datas comemorativas, mas sim como forma de estimular a escuta e a interpretação com criatividade e expressividade musical.
Cantando em grupo, os alunos desenvolvem a escuta de sua própria voz, do grupo como um todo, desenvolvem a atenção, a concentração e o espírito de coletividade.


A canção é um gênero musical que funde a música e a poesia. É importante apresentar às crianças canções do cancioneiro infantil tradicional, da música popular brasileira, da música regional e de outros povos.
O professor é o modelo e deve acreditar na sua musicalidade apesar de, na maioria das vezes, nunca ter estudado música. Ele deve cantar sem gritar, evitando que as crianças “cantem alto”, adequando a canção às suas possibilidades vocais e às das crianças, isto é, não cantar muito grave nem muito agudo, nem apresentar canções que tenham letras muito longas ou que não se identifiquem com o universo infantil.
Se o professor se sentir inseguro e não tiver um instrumentista para acompanhamento das crianças cantando, que faça uso de gravações. Alguns trabalhos apresentam “play backs” que são a mesma gravação da música sem a voz do cantor.
Pense sempre no “fechamento”, ou seja, no arranjo da música aliando-a a outras artes como as artes plásticas, dança, teatro, etc.
Ao ouvir a música com os alunos uma boa prática é fazer o “mapeamento” da mesma: introdução, partes da música, em que parte e quais os instrumentos entram, voz masculina ou feminina, coro ou solo. Decida com os alunos o que fazer em cada parte da música. Vale um acompanhamento de articulação de pulso ou ritmo, dançar, encenar, enfim, o momento deve ser de prazer – tanto para o professor quanto para os alunos.


Sugestões de repertório:

- Selo Palavra Cantada – Canções de brincar, Canções Curiosas, Canções do Brasil.
atendimento@palavracantada.com.br
www.palavracantada.com.br

-Thelma Chan – Coralito, Dos pés à cabeça, Pirralhada, Pra ganhar beijo.
www.thelmachan.com.br

-Bia Bedran – compositora e cantora
www.biabedran.com.br

-Fundação Victor Civita (Revista Nova Escola) – Músicas folclóricas, Festas na escola.

-Toquinho – Casa de Brinquedos, Canção de todas as crianças, Canção dos direitos da criança.

- Hélio Ziskind (TV Cultura) - Meu pé meu querido pé, Ratimbum

- Antônio Nóbrega (Teatro Brincante – São Paulo, 011-816-0575) – “Brincadeiras de roda, estórias e canções de ninar”.

- Rubinho do Vale (Minas Gerais) – Ser criança, Enrola-Bola – Brinquedos, brincadeiras e Canções.

- Edu Lobo e Chico Buarque – O grande Circo Místico, Os Saltimbancos

- Vinícius de Morais – A Arca de Noé.

- Outros compositores: Milton Nascime3nto, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Jobim, Dorival Caymmi., Luiz Gonzaga.

- Rock dos anos 60 (Jovem Guarda) e 70.

- Músicas da cultura popular (Congada, Maracatu, Cacuriá, Jongo)

- Livros e CD’s de canções folclóricas, cantigas e parlendas.

- Villa Lobos – O Trenzinho do Caipira.

- Música étnica (indígena, africana)


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Escolha de widgets

Olá,

Além da escolha do contador de visitas, escolhi uma imagem e uma lista.
O primeiro widget que escolhi foi o da imagem, e coloquei a de uma partitura, para decorar o blog e por ser um dos símbolos musicais.
O segundo widget foi a de lista, entitulado material didático em Educação Musical. Nesta lista, pode conter sugestão de sites, de CDs, de livros, etc.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Apresentação

Este blog tem por objetivo compartilhar textos, informações, reflexões e diálogos sobre educação musical, música, educação, educação à distância, e demais áreas afins.

- O papel da inclusão digital no processo educativo

Há pouco tempo, a palavra inclusão passou a faze parte do vocabulário de pessoas de várias áreas de atuação, principalmente dos formadores de opinião, dos gestores escolares, bem como das pessoas de um modo geral .
Muito se fala da inclusão social, como forma de trazer para o convívio social aqueles que estão “à margem”, ou “marginalizados” da sociedade e de usufruir os serviços públicos e particulares de saúde, educação, moradia, cultura e laser, condições mínimas e básicas para uma vida digna e de qualidade.
Mais recentemente, o termo em voga no ambiente escolar, bem como na sociedade civil tem sido o da “inclusão digital”, termo ainda muito insipiente, como é referido no texto da segunda unidade desta disciplina. Quer dizer que ainda não temos o exato conhecimento do significado desse termo, qual seu alcance, bem como a que conseqüências pode levar em se tratando de processo educativo.
No Brasil, o número de internautas é relativamente pequeno em comparação à sua população. Até 2005, eram 14% da população conectadas à Internet. Número muito baixo se comparado ao dos países ricos e desenvolvidos.
Pensando no ambiente da escola pública, onde se encontra a maioria das nossas crianças e adolescentes, coincidentemente a população de baixa renda, com problemas sociais, ou seja, os que estão “à margem” da sociedade, como pode ocorrer a inclusão digital? Será que as novas tecnologias podem ajudar no processo ensino-aprendizagem? Todos os professores dominam a informática? Dominam o acesso e a navegação na Internet? As aulas deveriam ser dadas no computador? Como seria isso? O professor instigando os alunos à pesquisa? Deveria haver uma sala de computação em cada escola? Ou cada aluno deveria ter seu computador e rede para conectarem-se?
Além de todas essas questões, ainda precisamos refletir sobre algo mais implicativo neste assunto: O que significa inclusão digital? É o aluno possuir um computador, ter acesso à Internet e dominar as novas tecnologias?
Dentre todos os meios de comunicação, a rede de computadores é a que apresenta crescimento mais rápido quanto ao número de usuários. É um novo recurso tecnológico que não tem como ser negado, nem desprezado. Assim como a televisão, e mais tarde o celular, o computador é o bem de consumo mais desejável. Basta ler as cartinhas enviadas para o Papai Noel que chegam nas agências dos Correios de todo o Brasil na época do Natal. A maioria das crianças quer ganhar um computador do Papai Noel.
Mas, além do computador, os alunos precisam aprender a desenvolver o pensamento crítico, a buscar o que realmente pode lhes ser útil para seu desenvolvimento intelectual, moral e ético. Junto com o computador e a Internet, precisam aprender a ler e a escrever corretamente, a interpretar um texto lido, a desenvolver julgamento crítico no que recebem de leitura.
Para haver a inclusão digital, os alunos precisam saber que nem tudo o que está disponível na Internet é bom para eles, que nem tudo é correto, confiável, e de fonte fidedigna.
Além da inclusão digital, os alunos precisam brincar, desenvolver sua coordenação motora fina, precisam aprender lateralidade, ritmo, a se socializar com os colegas ao vivo, na presença física. Precisam aprender o valor da cultura regional e local, sem as quais não há como existir a globalização. Precisam ser ensinados a fazer uso inteligente da Internet para a melhoria da sua qualidade de vida bem como a de sua comunidade.
Ainda há muitas considerações a serem feitas e analisadas sobre o que vem a ser inclusão digital e quais seus efeitos no processo educativo a longo prazo. Espero que, se este for o caminho a ser tomado, que estejamos no caminho certo. Só o tempo irá nos mostrar o reflexo do computador e da Internet no convívio social e na escola.